Millydielle's Blog

13 de maio de 2011

15 dicas infalíveis ajudam a engatar um namoro já

Filed under: Relacionamento e Namoro — by milly_JF @ 23:14

Com a proximidade do Dia dos Namorados, muitos solteiros começam a refazer os planos e a pensar na conquista de alguém especial. Por isso, selecionamos algumas dicas para quem não está namorando e quer engatar um romance antes de 12 de junho. Se você já está acompanhada, que tal passar as dicas para aquela amiga que ainda não achou o gato dos sonhos?

O Terra ouviu os especialistas Eduardo Nunes, coaching de relacionamento e autor do livro O Segredo das Mulheres Apaixonantes, Cláudya Toledo, terapeuta de casais e presidente da agência A2 Encontros, e também o consultor sênior da O’Think Soluções Empresariais, Júlio Ernesto Ferreira, para apresentar 15 dicas que podem fazer a diferença na vida sentimental. Confira:

1) Pare de procurar
Parece meio batido, mas a frase ‘para encontrar um namorado, pare de procurar’ funciona. Quem diz isso com conhecimento de causa é a fisioterapeuta paulistana Rachel Guimarães, 27. Ela namora há cinco anos e só achou seu par depois que parou de sofrer por estar solteira. Quanto mais preocupada com esta ideia você estiver, mais tensa ficará e menos espontaneidade terá nos encontros. E aí, já viu: vai assustar os moços.

2) Relaxe
Coloque na cabeça que ter alguém é lucro, mas não ter não significa necessariamente prejuízo. Se incorporar isso de verdade, sairá da fissura e conseguirá relaxar para se divertir.

3) Diversão sem pressão
Procure estar sempre bem humorada e a fim de se divertir. Uma pessoa alegre fica muito mais atraente. Homem adora mulher que sorri. Claro, sem exagero.

4) Escolha o lugar certo
Ao sair, escolha a dedo o local em que irá. Procure lugares que têm a ver com você. Mais que isso: “Vá a lugares que terá orgulho de um dia contar para o seu filho que conheceu o pai dele lá”, sugere Eduardo Nunes.

5) Mostre interesse
Converse, pergunte, ouça e, aos poucos, baixe a guarda. Se sentir confiança, abra-se. Boas surpresas podem ser descobertas numa simples conversa.

6) Pergunte, pergunte, pergunte
Tenha suas perguntas à mão. E boas histórias para contar entre uma e outra. É sempre bom descobrir o máximo de afinidades e diferenças logo no início. Estar atualizada sobre os assuntos em alta, sérios e banais, ajuda.

7) Saiba se mostrar na dose certa
“Acho importante mostrar as nossas qualidades, mas sem fazer um discurso ou monólogo. É paquera, não entrevista de emprego”, afirma a bancária paulistana Cristiane Giovannoni, 27.

8) Esqueça o outro
Falar de ex-namorado é furada. “Colocar uma terceira pessoa no meio da história pode destruir tudo logo no início. Primeiro, você deve criar um vínculo com a pessoa para, depois, falar de outros relacionamentos”, ensina Cláudya Toledo.

9) Beije (com moderação)
“Só beije se for namorar, senão, que ninguém te veja beijando. Não dar bandeira ajuda a preservar a sua imagem”, aconselha Eduardo Nunes.

10) Selecione só quem realmente interessa
Não queira agradar a todos os homens. Se preocupe em atrair apenas as pessoas que têm os mesmos valores que você.

11) Lembre-se do ditado
Para a terapeuta de casais e presidente da agência A2 Encontros, Cláudya Toledo, o ditado “diga-me com quem andas, que te direi quem és” ainda vale ouro. Parece meio antiquado, mas as pessoas reparam nas companhias. Se tem algum amigo do tipo que, em público, queima o filme de qualquer um, seja educada, mas recuse qualquer convite para sair se estiver buscando um novo par.

12) Procure um companheiro
Se você quer achar um bom companheiro, mais do que uma boa companhia, busque alguém que também pense assim. “Companhia não vira namoro”, garante a geógrafa Carolina Rio, 26, de São Paulo, que namora há três anos.

13) Informe-se sobre ele
“Acho legal estudar o perfil da pessoa: Orkut, Facebook, Twitter e outras redes sociais dão altas dicas”, garante o consultor Julio Ernesto Ferreira, 29. “Também é bom fazer perguntas pontuais que mostram o que a pessoa não gosta. Sabendo isto, fica fácil fazer o contrário e agradar.” Ele próprio há três meses engatou um namoro.

14) Não force a barra
Não lote celular ou as redes sociais de mensagens. Também não force encontros para fazer que pareçam inesperados. O candidato que você escolheu pode se sentir sufocado e aí há grandes chances de se afastar de você. Em vez disso, mantenha o mistério. Deixe que ele sinta vontade de procurar você

15) Guarde o melhor para o final
Nos primeiros encontros a dois esteja atraente, mas não no seu “máximo de beleza”. “Tem que deixar o gancho para ficar ainda mais bonita e surpreender”, explica Eduardo Nunes.

Descubra 10 coisas que os homens odeiam nas namoradas

Filed under: Coisas de Casal — by milly_JF @ 22:56

Tomar sorvete, ir ao cinema e ficar abraçadinho nos dias mais frios. Sem dúvida, namorar tem suas vantagens e é uma delícia ter alguém para dividir os bons momentos. Mas, claro, todo relacionamento vem acompanhado de alguns detalhes femininos que os homens odeiam.

Sabe quando você atrasa duas horinhas porque fica indecisa na hora de escolher a roupa ideal? Eles odeiam. Imagine, então, quando você decide disputar a atenção dele com o Playstation? Esqueça, nunca faça isso.

A lista de coisas que as mulheres insistem em fazer e incomodam os homens não para por aí. Confira, a seguir, as 10 coisas que eles mais odeiam nas namoradas.

1- Sempre achar uma razão para discutir a relação
Tem mulher que é assim: acha motivos a todo o momento para discutir a relação, relembrar brigas e apontar o que gosta e o que não gosta no namoro. Se você é desse tipo, vá com calma. Homens odeiam falar sobre seus sentimentos o tempo todo. Se pudessem escolher, esta discussão seria adiada para o ‘Dia de São Nunca’.

2- Demorar na hora de se arrumar
Claro que eles gostam de ter uma mulher bem arrumada do lado, mas, vamos combinar: não precisa deixá-lo esperando horas e horas enquanto você escolhe a roupa, toma banho e faz a maquiagem. Homens são impacientes e gostam de coisas mais práticas.

3- Compará-lo a outros homens
‘Quando eu vinha aqui com meu ex, ele também pedia esse prato’. Pense bem antes de falar frases como esta. Do mesmo jeito que você não quer ser comparada com as outras, ele também não tem interesse em saber o que você fazia com seu ex. Aliás, prefere acreditar que nunca houve ninguém antes dele.

4- Não dividir a conta
Seu namorado não é seu pai e, por isso, não tem a menor obrigação de bancar tudo o que você consome. Dividir a conta, ou pelo menos fazer essa sugestão, é uma forma de mostrar que você não é folgada ou que parou no tempo.

5- Dar uma de mãe
Pare de querer bancar a mandona e deixe que a mãe dele faça isso sozinha. Até porque, pouco importa se ele se esqueceu de passar a camisa, errou na combinação das meias com os sapatos ou exagerou no gel. Menina, seu namorado já sabia se cuidar antes de você aparecer.

6- Ataques de ciúme
Não precisa dar chilique só porque ele virou o pescoço quando uma gata cheia de curvas passou ou porque vocês encontraram a ex dele durante um almoço. Um pouquinho de ciúmes não faz mal ao namoro, mas o exagero vai fazer com que você vire uma chata. Namorada ciumenta demais acaba com qualquer namoro.

7- Perguntar com quantas ele já transou
Você é daquelas que querem saber com quantas mulheres seu namorado já foi para cama? Pare de ser tão competitiva e querer ser melhor em tudo. Esse tipo de pergunta só vai fazer com que ele descubra sua insegurança. Ou pior, revelar que ele adora contar vantagem. Se ele contar, divida o número por dois para ter uma ideia mais próxima da realidade.

8- Disputar a atenção com o futebol e o videogame
Você não gosta de fazer compras sozinha e papear com as amigas? Então, os homens também querem ter um espaço só deles. Não tente impedi-lo de assistir futebol aos domingos e mantê-lo longe dos jogos de corrida do Playstation.

9- Não conversar com os amigos dele
Algumas mulheres acompanham o namorado, mas não conseguem se integrar com a turma dele. Tente ser simpática e conversar com todo mundo. A opinião dos amigos sempre conta. Já ouviu o ditado.

10- Perseguir e espiar tudo o que ele faz
Não sufoque o cara. Se você liga de hora em hora para saber se está tudo bem e pega o celular escondido para procurar alguma mensagem suspeita, cuidado. Homem não acha bonitinho namorada controladora.

7 de maio de 2011

Mulheres bem-sucedidas contam por que não ligam tanto para o amor

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:51

“É mais fácil arrumar outro namorado que uma boa colocação profissional”

Casar, ter filhos, cuidar do marido. Durante décadas este foi o único sonho possível para a maioria das mulheres. Mas agora elas podem escolher o que querem. E as mulheres que apostam na carreira e são bem-sucedidas parecem depender menos da felicidade romântica. “É mais fácil arrumar outro namorado que uma boa colocação profissional”, justifica J B, 35 anos, que atua na área de Comércio Exterior e é taxativa: “Meu trabalho é prioridade na minha vida”.

Para a empresária E V, 39 anos, o segredo é administrar o tempo conciliando trabalho e vida amorosa. “Amo minha carreira, mas isso não atrapalha a minha vida. Namoro há cinco anos e procuro ser flexível”, diz. Porém, quando o trabalho aperta não dá para dar aquela ‘escapadinha’. “Nem sempre consigo ver meu namorado com a freqüência que gostaria”, confessa Elaine.

Teste: Você está na profissão certa?

De acordo com Maria Cristina Pinto Gattai, professora do Departamento de Psicologia Social da PUC/SP, uma pesquisa realizada com 89.075 pessoas demonstrou que a participação das mulheres em cargos de chefia (presidência ou diretoria executiva) passou de 10,39% no período de 1996/1997 para 21,43% em 2009/2010. “Esses dados indicam que a busca pelo sucesso profissional têm aumentado”, analisa. E isso, segundo Maria Cristina, se deve ao aumento do grau de escolaridade feminino, além de sua inserção em profissões que antes eram exercidas somente por homens como, por exemplo, a construção civil.
Filhos? Nem pensar!

Leia: Elas saíram da pobreza e construíram impérios

De olho em promoções, cargos importantes, salários elevados, viagens e comando, casamento e maternidade acabam sendo deixados de lado. “Não quero ter filhos porque não tenho tempo disponível”, afirma Elaine. Essa é a mesma justificativa de Jackeline, que sempre esteve determinada a dedicar-se à profissão. “Minha mãe cobra um neto, mas eu não quero. O mundo está muito complicado e ter um filho é uma loteria. Posso sentir falta mais tarde de ter alguém para compartilhar, mas nada garante que não iria arrumar um problema”, comenta sem rodeios.

A psicóloga clínica Miriam Izabel alerta que tal decisão pode pesar ao longo dos anos. “A necessidade de ter alguém e ser cuidada pode dar lugar ao desejo de ser aplaudida, reconhecida, exaltada. Porém, numa determinada hora isso acaba e o vazio se instala de forma bastante acentuada”, alerta Miriam. Por isso, ao abrir mão dos padrões convencionais – família, marido, filhos – a mulher precisa estar bem determinada do que o futuro lhe reserva. “Há pessoas com um nível tão grande de resistência que podem acreditar serem imunes à necessidade de amor e calor humano”, diz a psicóloga.

Trabalho + marido + gravidez = felicidade?
Se para algumas mulheres é incompatível conciliar uma carreira bem sucedida com casamento e filhos, para a securitária Cícera Érica Araruna de Moraes Lourenço, 33 anos, este é o seu grande desafio. Ela, que atua como coordenadora em uma grande seguradora do País, é casada há oito meses e está curtindo o início da gravidez. E não concorda que é preciso escolher um ou outro. “Sempre quis ser reconhecida em meu trabalho, mas nunca pensei em abrir mão do casamento e da maternidade. Tudo isso me completa”, avalia.

Ela concorda que não é fácil encontrar um homem que entenda e aceite as conquistas femininas. “A mulher independente assusta os homens. Por isso, sempre busquei alguém que respeitasse minha carreira”, afirma. Cícera ganha mais que o marido e, mesmo quando chega em casa, após um dia corrido de trabalho, se surgir algum ‘pepino’ precisa se pendurar ao telefone e dar as coordenadas. “Ele não fica incomodado, porque sempre conversamos sobre isso. Não dá para viver sob pressão”, afirma.

Afinal, Cícera ainda arruma tempo para estudar. “Estou fazendo quatro cursos online de especialização”, conta. Para ela, todo este esforço traz resultados para toda a família. “O fato de o meu salário ser maior não cria nenhum mal-estar entre nós. Estamos casados e uma parceria de amor não tem divisões. A carteira é uma só”, dá o recado.

Se ela ganha mais, quem paga a conta?
O casamento pede união e o namoro pede romantismo. “Se ele me convida para sair, ele paga a conta”, defende Elaine. Para ela, o fato de ser bem-sucedida profissionalmente não significa ter de arcar com as despesas. “Se eu mostrar que posso tudo o tempo todo, perde a graça”, completa a empresária.

Mas, a melhor forma de evitar dissabores amorosos é escolher bem o seu parceiro. “A mulher bem sucedida torna-se mais exigente nos seus relacionamentos principalmente pelo fato de ter conquistado sua independência financeira”, afirma a professora Maria Cristina. E deve manter sempre o radar ligado. “O homem precisa ter a mesma característica empreendedora e ter as mesmas ambições”, diz Elaine.

Para a empresária, é fundamental que seu parceiro tenha condições de levá-la para jantar em um bom restaurante. “Se estou com alguém, cobro determinação. Não posso conviver com um homem acomodado”, afirma Jackeline. A única coisa que os homens devem evitar é tentar prender essas mulheres com uma aliança. “Hoje estou namorando e feliz. Mas já fui noiva. Só de pensar em buffet, vestido e afins, surtei. A aliança só durou três meses no meu dedo”, diverte-se Jackeline.

O mesmo aconteceu com Elaine. “Fiquei noiva três vezes e a aliança foi me causando um pavor”, conta aos risos. Segundo ela, só de pensar nessa situação de rotina, ela já se apavora. “É muito gostoso beijar, namorar, receber carinho. Por isso, não concordo que pelo trabalho vale a pena se isolar. É preciso de um pouquinho de cada, independentemente do que seja a prioridade, para ser feliz”, finaliza a empresária.

Separação dói mais que traição?

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:46

Por que algumas mulheres continuam casadas com um marido que já traiu.

A traição nem sempre acontece uma só vez. O comportamento se repete, pode até ser rotineiro. Mas algumas mulheres, cientes do deslize do marido, aceitam, relevam e até perdoam a atitude para manter o casamento e evitar uma separação.

“Conheço mulheres que sabem das traições do marido e pedem para ele não sair de casa, mesmo com os filhos já grandes. Elas não querem desmanchar a família”, comenta o psicanalista Gley P. Costa. O receio do divórcio pode ser explicado pelo papel que o cônjuge representa na vida da mulher. Para algumas, o casamento tem o objetivo ter prazer e realizar sonhos. Nesse caso, as separações acontecem de forma mais objetiva. “O casal vive um período de luto e tristeza, que é normal, mas os dois são maduros o suficiente para saber que será possível reconstruir a vida sem estarem juntos”, avalia o psicanalista.

A situação complica quando o companheiro representa um contexto, uma sustentação emocional para a mulher. Nesse caso ele pode ocupar o papel de um pai, do melhor amigo e até da segurança financeira. Com a separação, ocorre um vazio e uma desorganização psíquica e orgânica que podem até levar a depressão. “Pessoas que tiveram relações carentes com os pais, abrem mão de tudo na vida adulta por alguém que cuide delas”, diz Costa. Para o psicanalista Paulo Quinet, algumas mulheres enxergam os homens como acessórios que a valorizam. “Se elas não tiverem uma companhia masculina, se sentem rebaixadas, como se ninguém as quisesse”, afirma.

Eles também não separam
Os maridos dependentes emocionalmente de uma mulher também existem – e inclusive alguns que “pulam a cerca” não conseguem se imaginar sem as suas esposas. “Ela acaba se tornando a mãe de seus filhos, uma mulher pura e santa. Aí, ele vai buscar sexo e prazer fora de casa”, afirma Quinet. Para o terapeuta sexual Amaury Mendes, o apego ao casamento tem relação com o orgulho masculino: “Homem é super orgulhoso. Conquista um castelo, não o mantém, mas não o abandona”, diz. Assim, a decisão de separação, depois da traição, costuma vir só se ele se envolve emocionalmente com alguém, além de sexualmente.

Dá para salvar o casamento?
Especialistas concordam que o relacionamento nunca mais será o mesmo depois que uma traição for descoberta. “É um ato falho que fica sempre presente, como uma ferida”, afirma Mendes.

Em seu livro “A verdade sobre a traição masculina”, o terapeuta familiar M. Gary Neuman diz que são necessários dois componentes para que a relação seja refeita: um cônjuge arrependido e a certeza de que o relacionamento com a outra terminou. Além disso, é preciso conversar e tomar atitudes para melhorar os problemas já existentes entre o casal. A terapia, nesses casos, é uma ajuda recomendada.

Ciúme? Só um pouquinho

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:44

Total falta do sentimento pode gerar insegurança e sugerir desinteresse.

Lugares-comuns como os que dizem que o ciúme é “tempero” ou “prova” de amor partilham pelo menos duas coisas: muito apoio popular e nenhum respaldo científico. Todo mundo já ouviu que o sentimento que corrói os namorados que se sentem ameaçados não representa nada e, em geral, só faz mal. Mas isso não significa que as pessoas simplesmente abram mão dele. Tem quem provoque ciúme no parceiro só para se sentir querido. Tem quem reclame que o outro não se queixa dos olhares interessados que atrai. Quando o assunto é ciúme, as coisas são mais complicadas do que simplesmente certo e errado.

O psicólogo especialista em relacionamentos amorosos Thiago de Almeida lembra que não, em nenhuma hipótese o ciúme significa necessariamente amor. Mas também acredita que não basta conhecer o conceito para determinar o comportamento das pessoas, visto que na prática não é assim que os casais vivem. “Aqui no Brasil as atitudes de ciúme são benquistas pelas pessoas, servem de termômetro do relacionamento. Mas costuma se tornar um problema para a relação”, diz. “A valorização do ciúme é totalmente cultural. Ao longo dos tempos, essas manifestações sempre foram malvistas e até sintoma de patologia”, completa ele. Mas depois do romantismo, isso mudou. E só negar o ciúme não adianta nada.

A publicitária Carmen Oliveira Santos, 31 anos, admite que adora ver o namorado se sentindo ameaçado. Ela repete o discurso de que ciúme demais atrapalha, mas que um parceiro muito seguro a deixa desconfortável. “Admito que às vezes faço questão de contar histórias sobre amigos, por exemplo, só para ver a reação dele. Gosto quando ele reclama”, conta. Cruel? Paulo Otávio Menezes, o namorado, acredita que sim. “Quando não é joguinho e eu realmente fico com ciúme, ela reclama. Se não fico, ela reclama. Se peço para ela não usar uma roupa, ela se ofende. É difícil acertar e ainda lidar com o ciúme que eu realmente sinto”, desabafa.

Thiago conhece bem o paradoxo que a valorização da ideia do ciúme e os desgastes reais de sua manifestação criam nos relacionamentos. O psicólogo conta a história de um casal que o procurou por causa do ciúme excessivo do homem. Com o tratamento, o paciente passou a entender melhor seu sentimento e não demonstrava mais tanto incômodo. Quem ficou ciumenta, então, foi ela, insegura com o novo comportamento do marido.

Como lidar com o ciúme
Como é muito difícil haver um casal em que os dois estejam totalmente livres do ciúme e do gostinho de ver o outro enciumado, o melhor é aprender a lidar com o sentimento. Thiago Almeida explica quando a falta de ciúme pode ser, sim, um sinal de que as coisas vão mal. E conta que existe uma faceta positiva para o sentimento.

Segundo o psicólogo, é normal que as pessoas invistam mais no parceiro no início do relacionamento e que depois de algum tempo a intensidade diminua. Mas, lembrando que ciúme nunca é sinônimo de amor, ele diz que um parceiro ciumento, que deixa de se importar, pode ser corretamente interpretado como desinteressado. “Você pode perceber nitidamente que a mulher avalia mais a relação passado/presente do que o homem. Existe uma correspondência direta na manifestação de interesse do outro, que pode ser uma representação de possessividade apenas. Mas, se existia ciúme e míngua, pode ser sim sinal de desinteresse”. Neste caso, achar que a falta desse sentimento é um problema pode ser um diagnóstico correto.

Mas em geral, sentir, cobrar e manifestar ciúme são atitudes que só atrapalham a relação. Quando Carmen Oliveira se torna a ciumenta do casal, Paulo reclama. E pior: diz que ela acaba abrindo os olhos dele para mulheres que nem tinha notado. O psicólogo concorda. “Os parceiros ciumentos acabam sensibilizando o outro para interesses que eles não tinham”, diz. Tiro pela culatra.

O segredo, mais uma vez, é evitar manifestações mais agressivas, como regular roupas e lugares. “O que não pode é o outro assumir o seu livre-arbítrio, e o que é pior, supostamente autorizado pelo amor. Isso já é sinal de violência amorosa”.

Mas, se o ciúme for inevitável, Thiago dá um conselho para usá-lo a favor do relacionamento. “Tem sim a possibilidade de trazer algo que acrescente. Quando você percebe que existem coisas que faltam em você e podem ser motivo para o parceiro debandar para uma relação paralela, pode investir para melhorar a si mesmo e a relação. Se ela gosta de homens malhados, por exemplo, ele pode caprichar na academia, se ele gosta de mulheres bem vestidas, ela pode se arrumar para ele”, ensina. No fim, talvez seja verdade que quem ama, cuida. Nem que seja de si mesmo.

O ciúme é diferente para mulheres e homens?

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:43

Pesquisa norte-americana aponta que há homens que consideram a infidelidade emocional mais angustiante do que a sexual.

Pesquisas já divulgaram que o ciúme masculino é diferente do feminino. O deles seria mais ligado à infidelidade sexual e o das mulheres à infidelidade emocional. Porém, um novo estudo norte-americano revela que não é somente o gênero masculino ou feminino que influencia o tipo de ciúme, a personalidade e o histórico de cada um são decisivos para o sentimento aparecer ou não.

Anteriormente, estudos revelaram que a maioria dos homens sentia mais ciúme quando o assunto era a traição sexual, enquanto as mulheres sofriam mais com a traição emocional. A teoria se mantinha principalmente por duas justificativas: o homem se preocupava mais com o sexo porque não tinha como ter certeza absoluta sobre a paternidade de seus filhos, e a mulher, por outro lado, se ocupava mais com o lado emocional por querer um parceiro que estivesse comprometido a criar uma família.

Entretanto, os autores da nova pesquisa, a dupla de cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, Kenneth Levy e Kristen Kelly, questionaram a explicação, principalmente por constatar a existência de um número considerável de homens que consideram a infidelidade emocional mais angustiante do que a sexual.

Os pesquisadores suspeitavam que o que mais influenciava os indivíduos a terem mais ou menos ciúmes em relação aos diferentes tipos de infidelidade era a conexão emocional que tinham com o parceiro ou parceira e o perfil de cada um, independentemente do gênero.

Para eles, algumas pessoas são mais seguras da importância de seus relacionamentos enquanto outras tendem a desconsiderar a necessidade de ter uma estreita relação amorosa. Estas, afinal, foram as características mais importantes a serem consideradas para compreender o ciúme da traição sexual ou emocional, hipótese confirmada com a pesquisa.

O estudo descobriu que aqueles que dispensam relacionamentos mais íntimos e priorizam mais a liberdade, sendo eles homens ou mulheres, ficavam muito mais chateados com a infidelidade sexual. Em contrapartida, aqueles mais ligados a relações amorosas achavam a infidelidade emocional mais dolorosa.

Nem cá nem lá

Para o especialista em relacionamentos amorosos, o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da USP, em São Paulo, esta nova descoberta não invalida a primeira, que relaciona o ciúme ao gênero masculino e feminino. “Cada uma destas características é contribuinte para entender o ciúme. É possível que ambas estejam corretas”, afirma.

Segundo Ailton, o que ocasiona o ciúme possui influências biológicas, pessoais e até culturais. “O ciúme é um fenômeno complexo, com vários determinantes”, diz. “Depende de muitos fatores, desde culturais a pessoais. Dependendo do tipo de amor que envolve duas pessoas, por exemplo, um indivíduo pode ser mais ou menos inseguro. Há muitas variáveis”, completa.

O psicólogo Vinícius Farani, mestre em Família na Sociedade Contemporânea, de Salvador, Bahia, alega que a identidade de cada indivíduo está realmente mais vinculada às razões do ciúme do que o gênero, mas não é possível separar as duas explicações. “Antigamente, a questão dos gêneros estigmatizava bastante o comportamento. Hoje, no entanto, é difícil identificar se um comportamento é restrito ao homem ou não. A segurança ou a insegurança, qualquer que seja, pode vir de ambos os sexos”, completa.

Traição na própria cama: poucos perdoam, ninguém esquece

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:40

Quando acontece, as consequências são geralmente terríveis: casos extraconjugais são dolorosos, mas este tipo é fatal para o casal.

A mulher que veio ver o advogado especialista em divórcios Ken Altshuler estava furiosa e tinha motivos para isso: seu marido não apenas estava tendo um caso, como era do tipo fantasioso e extravagante em que dinheiro não é problema. Ele havia levado a amante ao Taiti e mandava flores para ela. Mas o que mais a enlouquecia era o lugar onde ele muitas vezes havia transado com a outra – a cama do casal.

“Ela estava completamente obcecada por isso”, diz Altshuler, advogado do estado norte-americano do Maine e presidente da American Academy of Matrimonial Lawyers. “’Você fez sexo com aquela mulher na nossa cama’ – isso se sobrepunha a todo o resto. Durante um ano do processo de divórcio, toda vez que uma questão surgiu, esse fato fazia parte dela. Nós íamos discutir a disponibilização da casa para venda e ela dizia: ‘A casa onde ele levou aquelazinha para nossa cama?’ Ou, quando discutíamos a divisão de bens, ela dizia: ‘Ele pode pegar a cama e enviar naquele lugar’”.

Como a cliente de Altshuler descobriu que seu marido usava a cama do casal? “Ele admitiu depois que foi descoberto”, diz, com aquele tom de quem há duas décadas e meia observa a estupidez humana e ainda tem a comovente capacidade de se surpreender. “Acho que ela descobriu gastos no cartão de crédito e ele confessou. Então ela perguntou onde ele a traía e ele respondeu ‘na nossa cama, onde mais’. Para em seguida se arrepender”.

As convenções mudam. Uma mulher não é mais obrigada a carregar uma letra escarlate por ter um filho fora do casamento; divórcio não é sinônimo de escândalo; e não é surpresa descobrir, quando um casamento acaba, que uma terceira pessoa estava envolvida. Mas mesmo numa cultura sexualmente liberal, o lar é geralmente preservado, como se fosse protegido por um campo de força invisível. E a cama marital – uma expressão que parece singelamente fora de época – continua um objeto sagrado.

Todos, com exceção de um dos 18 especialistas entrevistados para esta matéria disseram ter visto raramente ou nunca casos de adultério dentro de casa, apesar de os advogados terem se deparado com mais casos que os terapeutas. Quando acontece, no entanto, as conseqüências são geralmente terríveis: casos extraconjugais são dolorosos para um casamento, mas aqueles que acontecem na cama do casal podem ser fatais para a relação.

Em uma pesquisa informal e sem valor científico realizada a pedido do “The New York Times” pelo site CafeMom.com, cuja audiência é especialmente de jovens mulheres casadas, mais da metade das 500 entrevistadas responderam que seus casamentos “definitivamente não sobreviveriam” se seus maridos fizessem sexo com outra mulher em suas camas. Por outro lado, quando a pergunta foi sobre adultério “fora de casa”, menos de um terço afirmou que não conseguiria superar.

“Doeria, não importa onde acontecesse”, respondeu uma das entrevistadas. “Mas se fosse na nossa casa, seria um tapa na cara”.

Poucos casamentos sobrevivem a este tipo de crise – e ainda menos camas. Richard Roane, um advogado de divórcios de 52 anos, diz que viu cerca de uma dúzia de casos nos cerca de 2.200 divórcios em que trabalhou. Ele brinca que sempre diz aos clientes que, no mínimo, eles terão que comprar uma cama nova. Ele conta de uma esposa traída que pediu que o advogado queimasse a cama, e outra que colocou o lugar do adultério na entrada de sua casa.

Roane diz que teve um caso de uma mulher que nunca descobriu que o marido, seu cliente, a traía no sofá da sala deles – coisa que o próprio advogado só descobriu durante uma negociação. “O marido sussurrou no meu ouvido: ‘ela pode levar o sofá, eu não quero’”, diz. “Ele estava gostando de deixar que a mulher levasse, sem saber, o sofá onde ele dormia com a amante. Nós vemos os piores tipos de comportamento durante divórcios”.

Randall M. Kessler, advogado de divórcios que preside a seção de Direito de Família da American Bar Association, já viu sua cota de ira sobre leitos conjugais. Ele lembra de um incidente envolvendo um advogado – que, ele faz questão de ressaltar, não era de sua firma. “Eles estavam dividindo os móveis”, Kessler diz. O marido “estava tendo um caso, e ficou com a cama. Quando ele e a nova namorada foram usar a cama pela primeira vez, descobriram que a agora ex-mulher havia entalhado na cabeceira o nome da outra seguido de um palavrão”.

Aspectos legais
Kessler diz que o fato de uma das partes estar ou não cometendo adultério foi irrelevante nos processos de divórcio. Mas ele alerta que as leis de divórcio nos EUA variam de estado para estado, e que o adultério pode influenciar questões de dinheiro e custódia.

“Na Geórgia, alguém que tenha um caso que provoque o divórcio não tem direito a pensão”, diz. “O adultério em alguns estados é relevante no que diz respeito à divisão de propriedade. Mas, no fim, o Direito de Família é determinado por seres humanos, e quando você pede que um ser humano decida em seu favor, você quer que ele goste de você e desgoste da outra parte. O fato de a outra parte ter feito sexo com outra pessoa na cama do casal pode fazer com que o juiz desgoste dele. É o básico do bom senso”.

E sim, os advogados dizem que viram as pessoas que traíram na própria casa serem punidas. “Na minha experiência, o adultério que acontece dentro de casa choca a consciência de todos os envolvidos – e do juiz”, diz Roane. “Eu já representei cônjuges adúlteros, e é nesses casos que recomendo fortemente que meu cliente resolva suas coisas e dê um pouco mais da metade de tudo para o outro lado, fazendo um acordo sem juiz”. Ele acrescenta: “Seu lar é onde as crianças estão. Quando você descobre que seu cônjuge está traindo, e no espaço mais íntimo de seu lar, é uma quebra de confiança. É o máximo da mesquinharia e insensibilidade”.

Lembra aquele dia há 40 anos?
Pergunte a advogados e terapeutas por que alguém cometeria adultério dentro de sua própria casa e você vai receber uma variedade de respostas: para hostilizar o parceiro; desejo de ser descoberto; é mais discreto que um hotel; é conveniente; é uma decisão feita sob uma mistura de impulsividade, impunidade e oportunidade; casa é onde a babá está. Mas todos concordam em uma coisa: uma vez descoberto, não é algo que as pessoas tendem a esquecer.

Don-David Lusterman, um psicólogo de Nova York e autor de livros sobre terapia familiar e de casais, uma vez atendeu um casal casado há 40 anos. Na primeira consulta, ele disse que os olhos do marido estavam tão arregalados que ele pediu que o homem fosse examinado por um médico para saber se havia algo errado. Mas ele estava apenas extremamente nervoso. Ele tinha dito a sua esposa que pretendia ter um caso e que ela teria que aceitar. Ele decidiu que eles vissem um terapeuta para tentar descobrir por que seu marido tinha feito uma exigência tão alheia a seus princípios.

“Nós trabalhamos, trabalhamos, e um dia ela disse: ‘você acha que tem a ver com aquilo que aconteceu no nosso primeiro ano de casados?”’ Lusterman diz. “O homem respondeu: ‘acho que não’. Então eu perguntei o que havia acontecido. Silêncio mortal.” Até que a mulher decidiu revelar que um dia ele voltou para casa e a encontrou com outro homem na cama. O marido mandou o outro embora, virou-se para ela e disse: “Nunca mais quero ouvir uma palavra sobre isso”. “E, muito obedientemente, eles nunca mais falaram disso”, afirma.

Mas a raiva do marido sobre o ocorrido nunca passou, diz o terapeuta. Recentemente, ele conheceu uma mulher e se sentiu atrapido, o que o incomodou, já que violava seus valores. Mas uma vez que ele expressou sua raiva para a mulher, descobriu que não precisava ter um caso. O casamento sobreviveu.

Uma questão de sobrevivência
Susan Bender, é uma advogada de de Nova York que há 31 anos trabalha com divórcios. Ela estima que 10% dos clientes da firma ou seus cônjuges cometeram adultério dentro de casa. Ela cita inúmeras razões, incluindo a óbvia e pragmática “em NY os hotéis são caros”.

Às vezes, há a sensação de menos risco em ser descoberto em casa do que em um hotel, ela acrescenta. Esse foi o caso de duas mulheres casadas e com filhos, que tiveram um caso por anos. Até que o marido de uma delas chegou em casa de repente e as flagrou na cama. “Elas não estavam fazendo sexo, mas estavam nuas”, diz Bender. “Elas negaram que estivessem transando. Eu representei o marido e disse ao advogado delas que nem se incomodassem em negar, porque nós tínhamos ótimos investigadores”.

A advogada lembra ainda que ser descoberto na própria cama já foi um meio muito usado para forçar um parceiro relutante a aceitar o divórcio.

Outra cliente descobriu o que Bender chama de “clássico” – o marido estava tendo um caso com a babá. Mas ir ver um advogado não foi a primeira coisa que ela fez após a revelação. “Ela foi para cama com o marido naquela noite. Antes de completar o ato sexual, acendeu um fósforo e jogou na cama”, diz. “Ele enlouqueceu, e a história termina com ela deixando o quarto nua e ele tentando apagar o fogo”.

Ela explicou a razão de ter feito isso? “Ela estava com raiva”, diz a advogada. “O problema de casos litigiosos é que eles demoram. Você tem aquela necessidade de gratificação instantânea, de vingança imediata”.

Mas jogar um fósforo aceso na cama, com o marido ainda lá e crianças na casa, pode parecer algo que a prejudicaria no tribunal. “Não, pelo que eu me lembro não”, diz Bender. “Os juízes provavelmente estão exaustos, eles já ouviram de tudo. Como a maioria dos meus casos, provavelmente terminou em acordo. As pessoas não querem essas histórias nas cortes e jornais”.

Não é só a cama
Dwight Grisham, psicólogo que dirige uma clínica para casais em São Francisco, diz que teve apenas um caso de infidelidade na cama do casal em 23 anos de prática. Neste caso, a infiel foi a esposa. “Não durou muito tempo, foi coisa de um mês ou dois”, diz. “O marido não ficou tão incomodado com a cama em si, o caso para ele era todo o apartamento. O apartamento detonou o trauma. Ele conseguiu um acordo para deixar o lugar o mais rápido possível, deixaram para trás até os últimos meses de leasing”.

É só a cama
Esther Perel, autora de “Mating In Captivity,” é terapeuta de casais e família há 27 anos. Como Grisham, com ela isso também só aconteceu uma vez. Mas mesmo em casos de adultério fora de casa, casais que continuam juntos geralmente redecoram os quartos. “Dá a eles a sensação de retomar o relacionamento”, diz.

Ser amante raramente é uma escolha

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:37

A personagem Natalie (Deborah Secco), da novela Insensato Coração, tinha como uma de suas regras nunca se envolver com homem casado. Não demora muito, ela se vê exatamente nesta posição. Natalie vira amante de um empresário bem sucedido e ainda é sustentada pelo homem comprometido. Será que apenas na ficção mulheres que nunca pensaram em ser “a outra” acabam nesta situação?

Num relacionamento longo e há algum tempo sem grandes novidades, a comerciante Débora, que prefere não relevar o sobrenome, 32 anos, começou um caso com um parceiro que conheceu no tatame onde treinava, também numa fase de marasmo no casamento. “Quando ficamos juntos de fato, eu só pensava em ‘viver aquele momento intensamente’ e me livrar dele o mais rápido possível”, diz. Não foi o que aconteceu. O caso se estendeu e, quando Débora se deu conta, ela tinha virado amante. “Amor não se escolhe, não é um processo racional”, reflete.

Depois de seis meses, a falta de liberdade e necessidade de manter o relacionamento em segredo minou as chances da relação vingar. “Ficou uma decepção pelo desfecho sem ‘happy-end’, com uma derrubada geral na autoestima. Você começa a fazer de tudo para se encontrar e se encaixar na vida da pessoa. Só encontrá-la durante a semana e nunca à noite – parece coisa de prostituta, né? Começa a se anular, se humilhar.” Mas ela não se arrepende. “Foi uma das histórias mais lindas da minha vida, mesmo com toda dor”, afirma. Ela diz que, por tudo que passou nesse relacionamento, aprendeu a não julgar histórias tortas de amor. O ex-amante continua com a esposa, e ela está separada. “Para mim, era impossível estar com um e apaixonada por outro”, conta a comerciante.

Relacionamento com “data de validade”
São muitos os motivos que podem levar uma pessoa a ser o terceiro em uma relação. “Não existe acaso. Acredito que dois tipos de pessoas entram nessa relação: os que começam despretensiosamente, sem levar a sério, e os que têm autoestima baixa e aceitam um ‘pedacinho’ do outro”, afirma Clarissa Corrêa Menezes, psicóloga e doutora em psicologia de desenvolvimento humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Muitas vezes o casamento está sem graça, e entra o sexo, a aventura. Há também pessoas que têm dificuldade de se vincular. Se relacionar com alguém que já tem uma esposa te protege de um envolvimento”, afirma.

Raramente o processo é consciente como ocorre com a jovem A. M, que prefere não revelar o nome. Ela há oito meses “namora” um homem que ela sabe ser casado. “Antes de conhecê-lo, eu jamais pensei em entrar numa relação assim por causa daquela imagem da mulher que fica sozinha numa noite de sábado enquanto ele está com a mulher e a família. Quando comecei a sair com um homem casado, não foi nada daquilo que eu estava pensando. Foi muito mais flexível, atípico.” Ela se considera namorada, e não amante. “Se ele falar que vai se separar da mulher, não sei se vou gostar muito”, afirma. “Não quero incluí-lo nos meus planos, não sei se é o cara certo para isso, por mais sensacional que ele seja comigo e com minha filha.”

Eles se falam e se vêem quase todos os dias, almoçam e vão a festas juntos. A família de A.M sabe dele, embora ela não tenha contado que o “namorado” é casado. Ao se dar conta de que esse relacionamento tem “data de validade”, já tentou terminar, mas acabaram voltando. De acordo com a jovem, a relação vale a pena. “Duas ou três vezes por mês ele dorme na minha casa. Ele é muito mais presente na minha vida do que outros namorados foram. Estamos vivendo isso porque está muito bom. Se eu conhecer alguém legal, vou ficar com essa pessoa e nossa história vai acabar”, diz.

Expectativa e realidade
Estar no lugar da outra não significa autoestima frágil quando é uma opção clara e pensada. O problema é quando a expectativa para a relação não condiz com a realidade. “A condição de amante geralmente é encarada como temporária. E muita gente passa a vida sendo iludida”, afirma a psicóloga. “É diferente de mulheres que não querem por seus motivos, ou não estão disponíveis, trabalham muito ou não querem ter um romance.” Por isso, mesmo quem nunca se viu como amante está sujeito à armadilha do apaixonamento. “O encontro é sempre fortuito, a realidade fica escamoteada e a fantasia predomina, até que a realidade se impõe”, afirma o psiquiatra Paulo Quinet, membro da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. É nessa hora que acontece uma ruptura, seja do caso, seja do casamento. “Em 6, 8 meses, a coisa vai se resolvendo”, afirma.

Para ele, não é tão difícil entender porque as pessoas entram num relacionamento extraconjugal “A partir de uma determinada idade é difícil encontrar uma pessoa legal e disponível. Com muita freqüência você encontra alguém no trabalho, por exemplo, que é casado, numa relação ruim, marca um almoço, rola um clima, e pode haver um envolvimento.” Para Clarissa Menezes, o jogo de sedução é outro elemento que decide o jogo. “A mulher que tem amante está realmente envolvida na fantasia de que é a primeira na relação. Um dos grandes atrativos da paixão é olhar para o outro e se sentir adorada, e na relação de amante isso fica evidente”, diz.

Sejam quais forem os motivos para não querer entrar numa relação extraconjugal, é difícil garantir que o interesse por alguém comprometido nunca apareça. “Já me prometi que ia não ser mais amante, mas acabo caindo na mesma”, diz a gráfica Mafalda Maya, 25 anos. “Estava de saco cheio de ser amante por causa de um homem com quem eu me envolvi também e que só me enrolou. Esse cara foi meu maior amor até hoje”, conta. Ainda assim, Mafalda não acha necessariamente ruim ser “a outra.” “A vantagem é que eu fico só com a parte boa, não tem risco de se comprometer. A parte ruim é que, no fundo, no fundo, você nunca é prioridade. Você nunca é ‘ela’”, diz.

Taiuanês cria software que detecta infidelidade

Filed under: Amor & Sexo — by milly_JF @ 19:36

Ferramenta avalia mensagens telefônicas e eletrônicas do parceiro.

Um taiuanês criou um software que ajuda a identificar parceiros infiéis, revisando as chamadas e mensagens telefônicas e eletrônicas do parceiro, anunciou nesta quarta-feira um jornal local.

Huang Kuo-Tai revelou que seu programa pode detectar as traições apenas teclando o número de telefone e as contas de e-mail do parceiro.

O programa fornece dados das chamadas realizadas e detecta o uso de expressões como “Te amo”, “Não posso falar agora”, “Passa e me pega” e outras frases similares.

“O melhor do programa é a análise das chamadas e a detecção das que são suspeitas. As que superam os 20 minutos, por exemplo, disparam alerta”, diz Huang.

Até o momento, o programa não pode processar as mensagens instantâneas das redes sociais, mas Huang acredita que poderá fazê-lo em um futuro próximo. O software pode ser baixado de graça na ilha e Huang está recopilando dados de usuários antes de lançá-lo no mercado.

Mulheres são contra traição, mas solidárias às amantes

Filed under: Comportamento — by milly_JF @ 19:34

Mesmo quando são casadas ou não admitem a infidelidade, amigas podem ter papel central na manutenção de relações extraconjugais.

Foi no dia de seu aniversário que uma gerente de marketing paulistana de 34 anos descobriu que seu namorado a traía. Não apenas tinha outra, como casou-se com a amante no mês seguinte, coisa que jamais tinha cogitado com ela apesar dos cinco anos de relacionamento. O sofrimento a traumatizou tanto que fez com que ela demorasse dois anos para conseguir se relacionar novamente com alguém. Desta vez, tudo parecia perfeito – casamento marcado, apartamento comprado e… outra amante. Flagrou o noivo com a recepcionista. Mais um período de sofrimento indescritível, nem comer conseguia. “Me machuquei muito. Perdi dez quilos em quinze dias. Era coisa de meu pai sentar e chorar comigo”, conta.

O impacto que os infiéis tiveram na vida da gerente de marketing não contaminou sua relação com as amigas. Nem com aquelas que, por alguma razão, se relacionam com homens casados. O fato de viverem um arranjo romântico em que são as “outras” não fez com que passassem a ser percebidas como ameaças à monogamia ou ao que ela acreditava em um relacionamento. Pelo contrário. A paulistana diz que uma de suas amigas é amante de um homem casado e conta com seu ombro para desabafar. “Promessa é o que não falta, e eu a vejo sofrendo. Não incentivo, digo que não acho que ele vá fazer qualquer coisa por ela. Mas, ao mesmo tempo, falo pra ela ir atrás, digo que a gente não manda no coração. Tô aqui, dou ombro”, explica.

O que parece incongruência na verdade pode ser uma complexa dinâmica de afeto. Apesar de ressaltar antes de mais nada que as mulheres, em geral, não querem para elas nem para as amigas “um homem que não seja exclusivo”, a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de “A Outra” e “Por que homens e mulheres traem?” (ambos da edit. Best Bolso), explica que a relação extraconjugal “é um jogo em que a amiga tem um papel protagonista”. “O único apoio que a mulher tem nessa situação é a amiga. Senão, com quem vai sair, passar o Natal, o aniversário? Com um homem casado, em geral, ela tem mais presente, mais sexo, mais romance, mais atenção, mais intimidade. Mas tem menos presença. E o que falta é a amiga quem supre.”

E não é preciso ser “a favor” da traição para acabar colaborando nessa dinâmica. A representante comercial Sandra Brasil, 29, é radicalmente contra a infidelidade. Já evitou o desenvolvimento de amizades porque a pessoa namorava alguém casado ou tinha um amante. Uma de suas melhores amigas, no entanto, foi “a outra” ao longo de oito anos. Sandra manteve a amizade, mas colocou limites. “Eu a proibi de levá-lo à minha casa ou de sair com ele quando eu estivesse junto. Sou do princípio que não faço para os outros o que não gostaria que fizessem comigo, e não gostaria que ninguém recebesse meu marido com uma amante”, diz.

Mesmo deixando sua posição clara, Sandra não conseguiu ficar completamente fora da dinâmica do relacionamento da amiga. “Ela vinha chorando. Eu nunca falei, ‘ah não vou te ouvir’. Como amiga, me sentia na obrigação de ouvi-la e de dar um ombro.” E tudo isso depois do sofrimento que a própria Sandra passou envolvendo uma situação de traição. Ela terminou seu casamento por causa da suspeita (depois confirmada) de que o marido a traía. Até hoje, dois anos depois, ela conta que faz terapia para superar a dor e que não conseguiu se relacionar com mais ninguém. Se o pretendente tiver qualquer característica que lembre o ex, pior ainda. “Não tenho sorte no amor, acho que ainda vou ganhar na Mega Sena”, brinca.

Casadas

Mas se amigas precisam de um ombro para complementar o que falta na vida de amante, o que as casadas ganham com esta relação? Nos estudos de Mirian, as brasileiras mostram que existe uma gradação de relacionamento ideal em que ser a outra é melhor do que estar sozinha, que por sua vez é melhor do que ser a esposa traída. Ou seja: a idealização do relacionamento é montada tendo como referência o fato de ser a única na vida de um homem. Isso explica o lado das casadas na relação com as amigas-outras: “As outras acreditam que são únicas – acham que eles não ficam mais com as esposas, que só ficam com elas. Assim, a casada não pode condenar o tempo todo porque ela estaria condenando a própria idéia de que é possível ser a única”.

Mas não é so isso. As mulheres também preferem ver as amigas se sentindo “únicas” do que sozinhas, traídas ou infelizes no casamento, diz Mirian. Quando a gerente de marketing estava em uma péssima fase, se recuperando da segunda traição e da morte do pai, foi a propria amiga-amante que a incentivou a aceitar as investidas de um homem interessante, mas casado. “Ela botou fogo para a gente ficar junto. Acabei me dando mal também. Me sentia um lixo, mas queria me encontrar com ele”, conta. Com o tempo, ela se cansou da relação e hoje tem um namorado oito anos mais novo – só dela.

O mesmo raciocíonio teve uma arquiteta de 36 anos que, aos cinco meses de gravidez, também descobriu que o marido a enganava. O casamento acabou. “Antes eu tinha preconceito em relação a isso, achava um absurdo. Julguei todas as pessoas, sofri muito. Mas agora, depois de quatro anos, não tenho o menor problema em dar um apoio a uma mulher que esteja com um homem casado ou procure uma coisa melhor fora de um casamento infeliz”, conta. “ Acho que ninguém é dono de ninguém, estão todos abertos a outras coisas. Existem coisas que podem ser mais fortes do que a gente. É quando a gente deposita nossa vida na mão do outro que eu acho da errado”. Para ela, não é porque as pessoas estão em um relacionamento que não devem “abrir os olhos, procurar coisas boas e ser feliz”.

A arquiteta, hoje solteira, diz que se vê um homem de aliança encara aquilo como uma barreira de respeito. Mas que não está livre de vir a se relacionar com um casado. Disse que apoiou as “inúmeras” amigas que já passaram por isso. Mas fez questão mesmo de falar sobre sua postura em relação a uma outra situação: a amiga infeliz no casamento que confessou ter um amante. “Fui conselheira, mostrando os dois lados. Falei para dialogar com o marido, ir a um psicólogo, mostrar as insatisfações, ser mais aberta”, conta. “Mas mesmo quando ela tentou, ele não estava aberto. Ela não procurou, surgiu essa lacuna e o barquinho dela foi indo no ritmo do rio”. Segundo a arquiteta, a vida da amiga só melhorou. “Deu uma luz, ela ficou com um brilho diferente, mais animada. E acabou melhorando o casamento dela. O marido não soube que ela traiu, mas entendeu que ela estava diferente. Por meio de um amante acabou mostrando o que não conseguia”.

A transformação da arquiteta é semelhante à explicação que a psicóloga Regina Navarro tem para a ambiguidade entre a dor das traídas e sua solidariedade com as amantes.”Estamos no meio de uma mudança de mentalidades. O amor romântico, que exige exclusividade sexual, está dando sinais de que está saindo de cena. Em toda mudança tem um período em que você vai encontrar comportamentos díspares”, diz. “A grande viagem do ser humano hoje é para dentro de si mesmo, e a construção social do amor romântico, que diz que quem transa com outro não ama, bate de frente com essa individualidade. Então, se existe esse conflito, é porque as mentalidades estão mudando.”

Próxima Página »

Blog no WordPress.com.